sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


“AMORES VÃOS “ (GLÓRIA SALLES )



Turbulências da vida, uma realidade sem cor.

De ser feliz , não entendia, menos ainda de amor.

Levada por arrasto, dentro da alma um vazio.

Cais abandonado, açoitava o vento frio.



Na vida morna, esqueceu a sensação de amar.

E numa noite qualquer, alguém veio lhe lembrar.

Deu-lhe um novo motivo, na vida, novo sentido.

Agora renovada, não mais um livro esquecido.



Eram pura expectativa, ansiavam o momento.

Desligavam-se do mundo, puro encantamento.

Paz e emoção assim, nunca pensou existir.

Morreu aquela mulher, que esqueceu de sorrir.



Mas há surpresas, no dobrar de cada esquina.

A mulher que renasceu, chorou feito menina.

Cega, de olhos abertos, foi preciso muita coragem.

Aceitar que aquele anjo, não passava de miragem.



E como num jogo tolo, diversão sem envolvimento.

Demonstrou claramente, não ter nenhum sentimento.

Foi tudo ilusão, carência, qualquer coisa parecida.

E ela que havia se achado, ficou outra vez perdida.



O que desejou apenas? Fazer e ser feliz demais.

Sonhou ser seu amor. Sonhou...nada mais.

Foi tudo pura ilusão, nada concretizado.

Mas a vida é uma escola e tudo é aprendizado.



Quem sabe, por ironia, outra vez, caminho cruzado.

Ela tenha que lhe dizer, que já não é mais esperado.

Hoje, desbravando rumos, com o coração nas mãos.

Aprendeu que nessa vida, amores vêm e “amores vãos"...


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