sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

APARÊNCIAS




De repente,

A lua ficou mais branca,

Como um resto de esperança,

Que lentamente se esvai.

Estremeceu... .e de mansinho,

Como se fosse um carinho,

Conseguiu disfarçar.



Pobre lua solitária,

Que na sua intimidade,

Não há luar, só há saudade.

E que aparenta ser forte,

Querendo fugir da sorte,

Ocultando grande dor.



Sorrindo...de desespero,

Evitando um desabafo,

Prevendo mais um fracasso,

Em esconder seu amor.



E mais uma vez, o poeta,

Inspirando-se na lua,

Fez o mundo acreditar,

Que a dor não era sua.



Mas... suspiro forte e sinto,

Não é a lua, eu brinco,

Não é o poeta, eu minto,

Sou eu mesma a confessar

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

              Não queremos pensar mal das pessoas que amamos e não queremos ver nada de bom naquelas que odiamos. Para complicar mais ainda a questão, não gostamos de mudanças. Por segurança e conveniência, temos um compromisso emocional- conosco- de manter as coisas exatamente como estão...

sábado, 21 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


“AMORES VÃOS “ (GLÓRIA SALLES )



Turbulências da vida, uma realidade sem cor.

De ser feliz , não entendia, menos ainda de amor.

Levada por arrasto, dentro da alma um vazio.

Cais abandonado, açoitava o vento frio.



Na vida morna, esqueceu a sensação de amar.

E numa noite qualquer, alguém veio lhe lembrar.

Deu-lhe um novo motivo, na vida, novo sentido.

Agora renovada, não mais um livro esquecido.



Eram pura expectativa, ansiavam o momento.

Desligavam-se do mundo, puro encantamento.

Paz e emoção assim, nunca pensou existir.

Morreu aquela mulher, que esqueceu de sorrir.



Mas há surpresas, no dobrar de cada esquina.

A mulher que renasceu, chorou feito menina.

Cega, de olhos abertos, foi preciso muita coragem.

Aceitar que aquele anjo, não passava de miragem.



E como num jogo tolo, diversão sem envolvimento.

Demonstrou claramente, não ter nenhum sentimento.

Foi tudo ilusão, carência, qualquer coisa parecida.

E ela que havia se achado, ficou outra vez perdida.



O que desejou apenas? Fazer e ser feliz demais.

Sonhou ser seu amor. Sonhou...nada mais.

Foi tudo pura ilusão, nada concretizado.

Mas a vida é uma escola e tudo é aprendizado.



Quem sabe, por ironia, outra vez, caminho cruzado.

Ela tenha que lhe dizer, que já não é mais esperado.

Hoje, desbravando rumos, com o coração nas mãos.

Aprendeu que nessa vida, amores vêm e “amores vãos"...


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012






AFINIDADES ( Arthur da Távola )






A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou.Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012




Esta é a mensagem de hoje: vamos virar a página da nossa vida...vamos??????

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012



A ARTE DE PRESENTEAR - AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA
Homens e mulheres se dão presentes de maneira diferente. Não sei se isto é cultural, se é psicológico ou até biológico. É diferente. E falo tanto de dar quanto de receber. Pois se um presente brilha na mão de um homem e na direção da mulher, o corpo dela é pura comoção e se entreabre numa primavera de dedos e floração de sorrisos e beijos.O homem, não. O homem, em geral, dá à mulher a sensação de que errou de destinatário, que ele está abrindo uma caixa para outra pessoa. Ele não tem dedos ágeis, lindos, frágeis, de quem abre o cristal do afeto, a seda do carinho e os laços da paixão. Vai logo rasgando tudo, meio estabanado e, quando chega ao cerne da coisa, mal balbucia um adjetivo para, luminosamente, agradecer.Homem não recebe presente. Apenas constata que ganhou. Olha-o de fora. Eu aqui ele acolá, vai até vesti-lo com orgulho, vai até dirigi-lo ágil e feliz. Recebe sempre como se as mulheres lhe devessem coisas. Falta ao homem aquela aura que só os santos e as mulheres assumem quando recebem uma graça dada.Receber um presente é uma arte que às vezes tem que se aprender. No meu tempo de menino em Minas, por exemplo, não se abria presente na frente dos outros. A desculpa era sempre de que seria uma falta de educação. Ou será que era medo de mostrar a própria emoção? Carregava-se o presente para o quarto ou ia-se abrir escondido, sozinho, proibindo ao doador a cena da revelação.Se homens e mulheres recebem presentes diferentemente, também escolhem e presenteiam de modo diverso. Homem pede à secretária que escolha e mande. Neste caso, presente é uma coisa entre mulheres a respeito dos homens.Já a mulher é capaz de passar dias procurando pelas galerias e vitrinas. Ela reassume suas antigas virtualidades de coletora numa sociedade tribal e vai colhendo das árvores o alimento afetivo para sua família. Mas não me venham, por causa disso, dizer que a mulher tem mais tempo e foi treinada para isto desde sempre. Há também homens, que não foram treinados para isto, não têm tempo, mas cumprem o mesmo ritual do prazenteiro doador. São poucos, é verdade, mas nem por isso são menos homens. A emoção, dizem os machos empedernidos e os artistas formalistas, é coisa de mulher. Dizem isto e perdem assim metade do que de bom tem a vida, que é se emocionar.Sobre presentes, se pode muito observar. Há quem saia e só consiga comprar presentes para si mesmo. Roda, roda, roda nas vitrinas do seu ego, não consegue ver o outro. Assim, sai para presentear o outro e faz o outro presenteá-lo._ Há pessoas que não se dão presentes para não terem que se dar?Neste caso o presente é um escudo. Ambíguo escudo. Neste caso o presente fala mudo._ Há pessoas que dão presentes como forma de se dar?Neste caso o presente é tudo. Duplo mundo. O próprio corpo a se desembrulhar.Os amantes sabem disso. Entre eles os presentes sinalizam a estrada da paixão. Para eles, o presente é a véspera do corpo. A primeira achega. O progressivo afeto. Pela sua constância, valor e progresso, se sabe quando o amor aumenta ou quando está em extinção.Assim, da mesma forma que o primeiro presente é o sinal de que alguém desembarcou em nossa vida, também há presentes que são o último aceno na estação, a última víscera desembrulhada na dilacerada relação.Mas o bom é quando o presente é um transbordamento do afeto. Uma duplicação do gesto. Um preenchimento de espaços no corpo, na casa do outro.Desse modo, presentear é resistir, ocupar (claro, em alguns casos, é invadir). Mas quando vai disseminando presentes na campina do outro, o amante, mais que agricultor, é construtor, arquiteto, fundador. Está preenchendo o tempo e o espaço, está se expandindo num concreto amor.Presentear, na verdade, é isto. É dizer: eu não vim apenas te ver, através do meu presente, eu vim permanecer.

domingo, 15 de janeiro de 2012



O DESTINO E A COERÊNCIA

Um dia,o destino estava desocupado e resolveu procurar algo para fazer; tentou encontrar seus amigos , mas todos estavam em missão. Então, como se viu sozinho e sem vigilância alguma, resolveu brincar um pouco, com mais liberdade.
Olhou para algumas pessoas e cismou com elas; inventou de colocar pedras no caminho de umas, empecilhos no caminho de outras...e pior, fez com que vários olhares proibidos se cruzassem...
Estava a sorrir com ironia, quando chegou a coerência, sua irmã e chamou-lhe a atenção.Cabisbaixo, parou de fazer suas brincadeiras e tratou de cumprir o seu papel em outro lugar.
Mas , apesar dele haver parado, esqueceu-se de desfazer seus arranjos, de modo que aquelas pessoas, definitivamente encontravam-se com seus destinos cruzados ou trocados ...Sem nada compreender, estas pessoas, de repente viram-se pegas com outras emoções...
O destino, rebelde, cruel e brincalhão, seguiu o seu rumo e as pessoas afetadas por ele, até hoje tentam entender as surpresas e as mudanças de suas vidas...